Casa Branca pede US$ 1,8 bi ao Congresso dos EUA para combater zika

A administração Obama vai solicitar ao Congresso dos Estados Unidos mais de US$ 1,8 bilhão (aproximadamente R$ 7,02 bilhões) em fundos de emergência para combater o vírus da zika no país e no exterior, informou a Casa Branca nesta segunda-feira (8). O pedido formal será enviado “em breve”.

A maioria dos recursos solicitados por Obama –quase US$ 1,5 bilhão– será destinada para o Departamento de Saúde, enquanto o resto irá para a Agência de Desenvolvimento Internacional e para o Departamento de Estado, para dar apoio aos países mais afetados pelo vírus, além de investir em pesquisas para uma vacina e serviços de saúde para mulheres grávidas de baixa renda.

Em entrevista ao programa de televisão “CBS This Morning”, o presidente Barack Obama afirmou que “parece haver um risco significativo para mulheres grávidas e mulheres que estão pensando em engravidar”, mas acrescentou: “não deveria haver pânico em cima disso”.

Em comunicado, a Casa Branca ressaltou a necessidade de o país, e particularmente os Estados do sul, estarem “plenamente preparados” para a chegada do verão, para diminuir a transmissão local do vírus. “O pedido de recursos faz parte de nossos esforços de preparação e vai dar apoio a estratégias essenciais para combater este vírus”, afirma a nota oficial.

A solicitação emergencial é separada do orçamento fiscal para o próximo ano que Obama enviará ao Congresso nesta terça (9). Isso porque a administração espera contar com os recursos para combater o zika muito mais rapidamente do que o processo do orçamento regular permitiria.

Zika no mundo

Até agora foram registrados 50 casos de zika por contágio externo nos Estados Unidos e um através de contágio sexual local, em Dallas, no Texas, de acordo com números do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças).

As novas diretrizes emitidas pela agência na semana passada recomendam o uso de preservativos ou abstinência para parceiros e mulheres grávidas que tenham viajado para uma região onde foi registrada a atividade do vírus, para evitar um possível contágio durante a gestação do bebê.

Até agora 30 países e territórios fazem parte da lista de alerta de viagens do CDC, que inclui quase toda América Latina. O centro recomenda também às mulheres grávidas que viajaram para alguma das regiões em que há surtos de zika que se submetam a testes de detecção do vírus por entre duas e 12 semanas após retornarem aos EUA, mesmo que não apresentem sintomas.

Também nesta segunda-feira, a agência regulatória de medicamentos da União Europeia anunciou ter estabelecido uma força-tarefa de especialistas em zika para aconselhar companhias na criação de vacinas e remédios contra o vírus, que é suspeito de causar microcefalia no Brasil.

Cada vez mais alvo de preocupação nos Estados Unidos, a doença foi tema de perguntas no último debate entre os pré-candidatos republicanos à Presidência do país, no último sábado (6). Na ocasião, o governador do Estado de New Jersey, Chris Christie, afirmou que deixaria de quarentena pessoas americanos que voltassem de viagem do Brasil, por causa do zika vírus.

Em 2014, no auge da epidemia do ebola, ele impôs uma quarentena em seu Estado a uma enfermeira que acabava de voltar da África, gerando grande repercussão no país. “Você toma essas decisões com base nos sintomas, nos medicamentos e na lei”, declarou.

A epidemia de zika também pode afetar a vinda de atletas para a Olimpíada no Rio de Janeiro. O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (Usoc, na sigla em inglês) comunicou às federações do país que seus atletas não serão obrigados a competir no Brasil caso tenham temor de contrair o vírus zika. A informação foi divulgada nesta segunda-feira com exclusividade pela agência Reuters.

De acordo com a reportagem, a mensagem foi passada pelo Usoc durante uma teleconferência com representantes de todas as entidades. (Com informações de agências internacionais)

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2016/02/08/casa-branca-pede-us18-bi-ao-congresso-dos-eua-para-combater-zika.htm

MAIS SAÚDE: Demência no Idoso

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Crédito: Divulgação

Como identificar o quadro e tratá-lo de forma adequada

Vários países do mundo, entre eles o Japão, têm percebido nas últimas décadas a mudança do perfil demográfico: a população idosa está aumentando. O avanço tecnológico e a ampliação da disponibilidade de recursos médico-sanitários são dois fatores que estão contribuindo diretamente para o aumento da expectativa de vida da população. Considerando tais perspectivas, é fundamental conhecer as doenças prevalentes na população maior de 65 anos para direcionar corretamente os cuidados e as políticas públicas de saúde.

As demências são quadros clínicos associados à perda das habilidades cognitivas e emocionais adquiridas que não fazem parte do processo natural do envelhecimento. Os quadros demenciais são caracterizados por alterações das funções cerebrais, observadas através da diminuição da memória – especialmente em relação aos fatos recentes –  e mudanças no comportamento (apatia, aumento da irritabilidade, hostilidade).

41ede_alzheimers-disease-mothersMas nem todas as pessoas que apresentem tais sinais estarão desenvolvendo uma demência: o diagnostico só existe quando as alterações são suficientemente graves para interferir nas relações pessoais e nas atividades sociais e profissionais. As demências ocorrem, geralmente, depois dos 65 anos. Por essa razão, são mais frequentes na população idosa. Ser mais frequente não quer dizer que todo idoso desenvolverá um quadro demencial.

Há distintas causas de demências em idosos, embora a mais conhecida e responsável pela maioria dos casos seja a doença de Alzheimer. O objetivo dos tratamentos é retardar a evolução e amenizar os sintomas, já que as demências têm consequências drásticas na vida do idoso e de sua família em função das incapacidades que provoca. Deve-se procurar ajuda médica ao perceber que o idoso apresenta perda importante de memória, alteração da personalidade, desorientação e dificuldades na comunicação. O diagnóstico precoce é muito importante para a manutenção da qualidade de vida do paciente.

Fonte: Mais saúde – http://www.ipcdigital.com/vitrine/118044/

Falha de células imunitárias agrava doença de Alzheimer

A investigação, que foi desenvolvida durante quatro anos, identificou alterações moleculares nos monócitos de doentes

Um estudo do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC), em Portugal, revela que a falha em células imunitárias agrava a doença de Alzheimer.

Uma equipe do CNC descobriu como algumas células do sistema imunológico perdem a capacidade de combater a doença de Alzheimer, conhecimento que pode ajudar a encontrar um diagnóstico definitivo, afirma a UC, numa nota hoje divulgada.

“Descobrimos que os monócitos (células do sistema imunológico inato) de doentes de Alzheimer são incapazes de se deslocar quando estimuladas por substâncias produzidas no cérebro, o que pode levar à redução do número de células que podem ser recrutadas para o tecido nervoso e participar no combate à doença”, explica a coordenadora da investigação, Ana Luísa Cardoso.

A investigação, que foi desenvolvida durante quatro anos, identificou alterações moleculares nos monócitos de doentes que podem servir de ‘biomarcadores’ sinalizadores da doença de Alzheimer, tanto numa fase precoce como em estados mais avançados.

A especialista do CNC sublinha “a importância do estudo face à dificuldade em obter um diagnóstico definitivo em vida”, não sendo fácil distinguir as diversas formas de demência.

“Penso que demos um passo importante na direção de um diagnóstico mais preciso, uma vez que conseguimos identificar diferenças evidentes nos monócitos dos doentes de Alzheimer, sobretudo nas fases muito precoces semelhantes ao défice cognitivo ligeiro (DCL), comparativamente aos indivíduos saudáveis”, salienta a investigadora, citada pela UC.

“A descoberta é particularmente importante visto que estas alterações foram encontradas em células do sangue, as quais podem ser obtidas de forma fácil, rápida e não invasiva”, acrescenta Ana Luísa Cardoso.

O estudo, que já foi publicado na revista ‘Alzheimer’s & Dementia: Diagnosis, Assessment & Disease Monitoring’, teve a colaboração da neurologista Isabel Santana, coordenadora da Consulta de Demência do Serviço de Neurologia do CHUC (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra), de Portugal.

Recorrendo a amostras de sangue de doentes de Alzheimer, com DCL e de pessoas saudáveis, a investigação revelou igualmente, pela primeira vez, defeitos funcionais importantes nos monócitos, células que têm sido apontadas como tendo efeitos terapêuticos em modelos animais de Alzheimer.

De acordo com Ana Luísa Cardoso, “é necessário enfatizar que este tipo de trabalhos com doentes é muito importante, visto que nem sempre os estudos em animais têm uma translação direta para humanos”.

Os resultados da investigação sugerem ainda que “as alterações associadas à doença de Alzheimer não ocorrem apenas no cérebro, mas também no sangue, o que pode abrir caminho para novas terapias não invasivas”, admite a investigadora do CNC.

Fonte: http://www.noticiasaominuto.com.br/lifestyle/183013/falha-de-celulas-imunitarias-agrava-doenca-de-alzheimer

 

Está difícil ser feliz? Tente respirar melhor

Está difícil ser feliz? Tente respirar melhor

“Respire fundo!” Não é à toa que isso é dito quando precisamos enfrentar situações difíceis. Uma respiração prolongada, na qual enchemos os pulmões de ar, naturalmente relaxa o corpo e deixa a mente mais focada no momento — o que ajuda a resolver problemas.

Mas não é só isso: pesquisas recentes apontam que técnicas de respiração podem ajudar a combater doenças como a depressão, a ansiedade e o estresse pós-traumático. Nos Estados Unidos, a ONG Art of Living, que no Brasil é conhecida como Arte de Viver, ensinou algumas dessas técnicas de respiração para ex-combatentes de guerra para curar traumas.

A norte-americana Pamela Brockman, 63, professora sênior de ioga na Art of Living, veio ao Brasil ensinar algumas dessas técnicas. Brockman pratica ioga desde os anos 70 e afirma que a respiração pode ser uma fonte de felicidade.

Leia a entrevista que ela concedeu ao UOL:

UOL- Respirar melhor ajuda a combater doenças?

Brockman – Ajuda muito para quem tem depressão. É muito interessante se você observar o cérebro em um exame de PET scan [tipo de tomografia]. Por ele você vê as atividades elétricas do cérebro. Em quem tem depressão essa atividade é muito menor do que o normal. As pranayamas [técnicas de respiração] que nós ensinamos na ioga ajudam enfrentar esse desequilíbrio, pois oxigenam mais o cérebro. Alia-se isso as àsanas [posturas], que ajudam a irrigar o cérebro com mais sangue. Este conjunto traz muitos benefícios à saúde e pode ser usado de forma preventiva.

UOL- A respiração pode ser eficaz para quem já tem depressão?

Brockman – Sim, porque a energia fica em um nível muito mais baixo quando se tem depressão, ficamos sem vontade de fazer nada. Com as posturas e a respiração, o corpo fica mais ativo e ajuda a minimizar os sintomas da depressão. Pesquisas já demonstraram que a respiração reduz os sintomas da depressão depois de três a quatro semanas, independentemente do grau da doença, sem os efeitos colaterais dos medicamentos. As técnicas de respiração não têm efeitos negativos, só positivos.

UOL- Qualquer pessoa pode fazer as respirações?

Brockman – A grande maioria das pessoas pode fazer. Só não é indicado para quem tem a pressão alta que não é controlada por remédios. No restante, a respiração até ajuda a diminuir a pressão arterial e a diminuir o cortisol, o hormônio do estresse, e aumenta a secreção de prolactina, o mesmo hormônio que conecta mãe e filho. A respiração aumenta o estado positivo da mente.

UOL – A respiração pode ser útil em tempos de crise?

Brockman – Podemos definir o estresse pelo muito a fazer e o pouco tempo para isso. Há muita preocupação, medo e sofrimento no mundo. Praticar ioga junto com as respirações e a meditação deixa a mente mais calma. A ioga nos dá mais energia e ajuda a liberar os traumas do corpo e da mente e isso nos deixa mais criativos também para resolver os problemas do mundo. As soluções estão aqui e somos capazes de encontrá-las. Só precisamos das ferramentas que nos ajudam a fazer isso.

Caso David Bowie: precisamos falar de cuidados paliativos

Caso David Bowie: precisamos falar de cuidados paliativos

22/01/2016
Paliação é essencial no suporte a pacientes e familiares na terminalidade da vida

Recentemente, a terminalidade da vida foi alvo de repercussões em todo o mundo, em decorrência da morte do cantor de rock David Bowie por um câncer. Mark Taubert, especialista em Cuidados Paliativos do NHS (Serviço Nacional de Saúde britânico) em Cardiff, Reino Unido, redigiu uma carta endereçada à Bowie, publicada na revista médica inglesa “BMJ”, em 15 de janeiro. No documento, Taubert traz à reflexão a terminalidade da vida e o papel dos cuidados paliativos. (leia aqui: “Uma carta de agradecimento a David Bowie de um médico de cuidados paliativos”)

Para o médico  geriatra e presidente da Comissão de Cuidados Paliativos da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), Daniel Azevedo, esta discussão precisa ser escancarada pela sociedade, para que as pessoas reconheçam e enfrentem o tabu da morte. “Ninguém precisa morrer sozinho. A família pode fazer muito para confortar a pessoa que se despede da vida e converter a morte num evento repleto de significados”, avalia.

Tratamento que busca dar suporte a pessoas com doenças incuráveis, que ameaçam a vida, como alguns cânceres, por meio do controle da dor e de qualquer sintoma que cause desconforto, os cuidados paliativos ainda são subutilizados no Brasil. “A essência dos cuidados paliativos consiste em permitir que a pessoa e seus familiares possam viver plenamente o tempo que lhe resta. A intenção não é dar anos a vida, mas sim, vida aos anos. Valorizar o tempo que resta”, relata Azevedo.

De acordo com o geriatra, todas as doenças crônico-degenerativas têm indicação de cuidados paliativos: demência, síndrome de fragilidade, doença renal crônica, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, cânceres e tantas outras. “Os profissionais precisam reconhecer essa indicação para prestar uma assistência paliativa adequada às pessoas de quem cuidam, respeitando a biografia e as preferências de cada uma delas”, enfatiza o geriatra.

Paliação x dificuldade de acesso

No Brasil, existem fatores que limitam a ampliação da oferta de cuidados paliativos, esclarece o especialista da SBGG. Segundo ele, a população, de modo geral, desconhece o objetivo desse tipo de cuidado, reconhecendo-o como um sinônimo de ‘cuidados ao fim da vida’ quando na verdade esta modalidade terapêutica é bem mais abrangente e por vezes iniciada alguns anos antes da morte da pessoa. “Ou até décadas, como no caso de uma demência de progressão lenta”, pontua o geriatra.

De acordo com levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgado em 2014, os cuidados paliativos estão ao alcance de apenas uma em cada 10 pessoas. Atualmente, há apenas 20 países que possuem sistema adequado. O Brasil não faz parte desse grupo.

“Estes indicadores revelam que pessoas com doenças incuráveis não têm sintomas adequadamente tratados. Além disso, são subestimadas as necessidades sociais, psicológicas e espirituais dessas pessoas e de seus familiares. Trata-se de uma questão de saúde pública  e o mundo passa longe de atingir a meta de uma cobertura mais ampla”, completa o médico.

Ainda segundo Azevedo, o acesso a serviços de cuidados paliativos e a medicamentos para controle de dor e outros sintomas no ambiente domiciliar atualmente é limitado em todos os níveis de assistência a saúde. Existem muitas pessoas que não estão recebendo o tratamento devido e, por isso, morrem sentindo dor ou falta de ar por causa de legislações ultrapassadas para controle de medicamentos que são rigorosas demais.

Para tentar mudar esse panorama, o geriatra defende ser urgente incluir a disciplina de “cuidados paliativos” no currículo de todas as profissões da área da saúde, com o intuito de preparar os profissionais desde a graduação para lidar com a finitude, incutindo a certeza de que existe sempre muito a se fazer, mesmo que o paciente seja portador de uma doença incurável. “Com a formação de profissionais capacitados e a criação de centros para a prestação de cuidados paliativos, a assistência tende a ser mais abrangente e permitir que as pessoas sejam acompanhadas desde o momento do diagnóstico de doenças sem cura”, explica Azevedo.

Testamento Vital

Ainda há, segundo Azevedo, pouca divulgação sobre as chamadas “diretivas avançadas de vontade”, também conhecida como testamento vital. O documento permite que qualquer indivíduo, maior de idade e plenamente consciente, tenha possibilidade de definir junto ao seu médico os limites terapêuticos a serem adotados em uma fase terminal, por meio do registro expresso do paciente.

Com a diretiva, o geriatra explica que as pessoas podem escolher não serem submetidas a tratamentos extraordinários de manutenção da vida na fase final de doenças como demência, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica ou câncer, quando já não existe possibilidade de reversão do quadro. Mas ressalta que o cuidado deve continuar até o momento da morte, com ênfase no controle dos sintomas e na resolução de pendências. “A pessoa não é abandonada jamais e o foco da intervenção passa a ser o seu conforto”, pondera.

Considerado um passo importante na consolidação dos preceitos dos cuidados paliativos, o testamento está previsto na Resolução 1.995, do Conselho Federal de Medicina (CFM), no Diário Oficial da União (D.O.U.), de agosto de 2012.

Fonte:  Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia -http://sbgg.org.br/

SBGG lança Guia para Cuidadores de Idosos

04/12/2015

SBGG lança Guia para Cuidadores de Idosos

Com o intuito de contribuir para a educação dos cuidadores de idosos, a SBGG lançou hoje, 20 de novembro, durante o GERP.15,  a publicação “Prevenção de Úlcera por Pressão em ILPIs – Guia para Cuidadores de Idosos”. O guia poderá auxiliar a saúde dos idosos em nosso País, em medidas de promoção, proteção e prevenção.

O conteúdo foi elaborado pelo Grupo FAVI, que procurou padronizar os protocolos de orientação para os cuidadores de idosos que atuam em ILPIs, visando à prevenção de UP entre idosos institucionalizados.

Confira aqui o guia.

Fonte:  Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia -http://sbgg.org.br/

Prevenção da osteoporose é feita com alimentação, exercícios e sol

Osteoporose significa ‘osso poroso’. É uma doença progressiva de perda de massa óssea, que se desenvolve de forma imperceptível, sem sintomas ou dor, até a ocorrência de uma fratura, que geralmente ocorre no pulso, na coluna, no quadril ou no fêmur, que é o ponto mais grave. Pra explicar como se prevenir dessa doença que atinge uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens acima de 50 anos no mundo, recebemos no Bem Estar o fisioterapeuta Helder Montenegro e a pediatra e consultora Ana Escobar.

A maior prevalência da osteoporose entre mulheres é devido à diminuição da produção de estrógeno depois de certa idade. Mas não é apenas nessa faixa etária que é preciso estar atento. Fatores socioculturais e alimentação deficiente podem levar a uma fragilização dos tecidos dos ossos e ao raquitismo antes disso. Fatores agravantes, como baixa ingestão de cálcio e/ou vitamina D, fumo, consumo excessivo de bebida alcóolica, vida sedentária e histórico familiar também são observados em indivíduos que desenvolvem a osteopenia, um estágio anterior à osteoporose.

 

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Diagnóstico
Como se trata de uma doença silenciosa, o diagnóstico acontece após exames de rotinas, por volta dos 35 ou 40 anos, onde se percebe alterações nos níveis de cálcio e vitamina D nos exames de urina e sangue. Se houver suspeita, o médico encaminha o paciente para um reumatologista.

Para reverter o quadro, recomenda-se o consumo ou suplementação de cálcio, exposição ao sol (que estimula a produção de vitamina D no corpo) e exercícios físicos.

Alimentação
A recomendação da Organização Mundial da Saúde e da Fundação Internacional de Osteoporose é de que haja um consumo de 1g (1000mg) de cálcio por dia. Os valores variam para crianças e gestantes: 500mg entre 1 e 3 anos, 800mg entre 4 e 8 anos, 1300mg entre os 9 e 18 anos e 1200mg para grávidas.

Para obter essa quantidade, a principal fonte de cálcio são os alimentos lácteos: leite e seus derivados. Segundo o dr Cristiano Zerbini, reumatologista e representante da Fundação Internacional de Osteoporose no Brasil, a alimentação normal do brasileiro (arroz, feijão, salada e carne) fornece cerca de 200mg por dia. Incluir um copo de leite, um copo de iogurte e uma fatia de queijo leva esse valor ao nível desejado. E mais: tirar a gordura do leite não influi no nível de cálcio. Portanto, as pessoas podem fazer consumo de leite semidesnatado ou desnatado, sem nenhum problema.

 

Exercícios físicos
Segundo o dr. Helder Montenegro, os exercícios devem ser feitos de maneira preventiva, inclusive. Ele recomenda exercícios de cadeia fechada, que trabalha diversos grupos musculares e são mais seguros para as articulações, como exercícios funcionais e com impacto, que estimulam a contração muscular e, portanto, a regeneração óssea: agachamentos, corrida, vôlei e basquete, por exemplo. Em pessoas idosas, a fisioterapia ajuda também no controle do corpo e no equilíbrio, através de exercícios de agilidade. O pilates também é recomendado, pois trabalha com a própria carga corpórea.

Exposição solar
A exposição aos raios ultravioletas do tipo B (UVB) ativa o funcionamento da vitamina D, que facilita a absorção do cálcio pelo organismo. Por isso, recomenda-se exposição entre 10h e 14h sem proteção durante 15 minutos, três vezes por semana.

Crianças com deficiência da vitamina D podem ficar raquíticas (ossos com deformações: pernas arqueadas, deformação dos ossos da bacia e esterno projetado), ter problemas para dormir, irritabilidade, desenvolver miopia, diarreia, ossos fracos e dificuldade de metabolização de outras vitaminas. O excesso de vitamina D, contudo, pode levar a saída de cálcio dos ossos e acúmulo nos rins, formando cálculos renais.

 

fonte: g1.com – http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/12/prevencao-da-osteoporose-e-feita-com-alimentacao-exercicios-e-sol.html